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Sistema de alarme de incêndio
CENTRAL DE ALARME DE INCÊNDIO: É o elemento que concentra os comandos do sistema. Nela são ligados os sensores e é feito o processamento para o disparo ou não dos indicadores. É
responsável pelo monitoramento dos elementos do sistema, devendo indicar possíveis falhas e defeitos. A central também comanda o fornecimento de energia, normalmente suprindo a mesma,
em caso de falta com um no-break interno.
As centrais diferem-se no número e tipo de periféricos que suporta, tecnologia utilizada, indicação de aplicação e muitos outros fatores.
*Sistemas Convencionais:
A definição de central convencional vem da maneira como os sensores ou zonas são interligados com a central. No modo convencional, existe um fio ou conjunto de fios ligados para cada zona até a central.
Os dispositivos de detecção automática são ajustados de forma a enviar um sinal à central quando ultrapassado um nível pré-ajustado ou pelo acionamento manual. A central sinaliza o evento indicando o circuito que contém o dispositivo atuado.
Esquema de Ligação:
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*Sistemas Endereçáveis:
As centrais endereçáveis são implementadas com microprocessadores internos que permitem a mesma "conversar" com os elementos ligados a sua fiação. Esta comunicação entre a central e os periféricos é feita normalmente por linguagem binária e com o uso de um único par de fios para uma grande quantidade de dispositivos.
Além de enviar o sinal à central, os dispositivos de deteção são identificados individualmente geralmente através de endereço numérico, possibilitando a localização mais rápida do evento.
Esquema de Ligação
:
CLASSE A |
CLASSE B
*CIRCUITOS:
Os cicuitos são formados pelos periféricos como sensores, sirenes e outros módulos interligados com a central de incêndio através de cabos. Os circuitos são definidos em dois tipos principais segundo ao seu nível de segurança, sendo eles:
*Circuito de sensores convencionais: São definidos como um conjunto de sensores e acionadores interligados por um cabo até a central convencional. O circuito convencional pode ser elaborado com 2 ou 4 fios . Os circuitos convencionais de alarme
de incêndio são quase na totalidade, circuitos abertos que possuem um resistor de final de linha, afim de identificar a interrupção da fiação.
Circuito a 02 Fios: Nos circuitos de 2 fios, a alimentação dos sensores é fornecida no mesmo par
de cabos que irá detectar o acionamento. Nesta configuração os diversos sensores ligados em “paralelo” estão em aberto e alimentados pelo circuito.
Quando há o acionamento, a resistência do sensor cai a níveis muito abaixo do valor do resistor de fim de linha, mas
sem ficar em curto circuito, permitindo à central diferenciar a situação de curto circuito na fiação, da de uma interrupção, ou disparo do sensor.
Circuito a 04 Fios: Nos circuitos com quatro fios, a alimentação é feita em separado do acionamento.
Isto torna o sistema mais compatível com diferentes marcas e tipos de sensores que possuem consumo de energia maior e poderiam gerar falhas num circuito convencional de dois
fios.
Segundo a norma, O número máximo de sensores a serem ligados e um
circuito convencional é de
20 sensores/acionadores
. O circuito convencional deve
possuir indicação de acionamento e falha no painel da central.
*Circuito de sensores endereçáveis:
Os circuitos endereçáveis normalmente são compostos de
um par de fios polarizados e torcidos com blindagem. Da mesma maneira que no convencional, os
sensores possuem dois terminais de entrada e dois de saída curto-circuitados e devem ser ligados
em série. Isto ocorre porque nestes circuitos (também chamados de barramento ou BUS de
dados) trafegam sinais de dados de alta frequência e quando existem várias terminações (em
uma topologia do tipo raiz) , ocorrem reflexões múltiplas do sinal nas terminações, gerando
problemas de eco e perca de dados na comunicação. No circuito endereçável não existe resistor de fim de linha e a localização de
interrupção é feita simplesmente quando não há uma resposta na chamada de um determinado
endereço.
*Circuito em CLASSE A: Definido por um cabo que sai da central, passa pelo caminho onde estão ligados os periféricos e depois retorna a central de preferência por um caminho distinto.
Este tipo de circuito deve ser monitorado pela central e em caso de interrupção do cabeamento, a central deve continuar funcionando total ou parciamente.
*Circuito em CLASSE B: Formado por um cabo que sai da central e não retorna a mesma. Neste caso, quando ocorre a interrupção do condutor, ocorre a interrupção de todo o circuito ligado após o ponto de interrupção.
*CIRCUITOS, LAÇO OU ZONA?
Comumente ocorre confusão na definição de circuitos, laços e zonas em sistemas de alarme de incêndio.
Circuito: é o caminho que uma corrente irá percorrer chegando a um destino final. No sistema de alarme de incêndio, seria um dos conjuntos de fios necessários a ligação de sensores
ou outros elementos.
Zona: Refere-se a um conjunto de elementos que podem estar ligados em circuitos diferentes, mas que para análise do sistema, estão concentrados em uma área definida. Devem seguir um comportamento e possuir indicação específica no sistema de alarme
de incêndio.
Laço: Fica numa definição intermediária entre circuito e zona, o que causa muita confusão em projetos, normas e entendimentos, pois a ideia de laço vem de "laçar" ou agrupar como em uma zona, mas também pode ser interpretada como um circuito com um
conjunto de elementos interligados por um cabo específico. Portanto, não é recomendável utilizar este termo na especificação, afim de evitar erros de interpretação e implantação do sistema de alarme de incêndio.
Para mais informações, acesse: http://www.bralarmseg.com.br/introducao_incendio.pdf
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